Pilares do estilo — proporção e cor

Se você visitar algumas loja de roupas e prestar atenção, vai notar duas coisas. Primeiro, que grande parte das peças está em determinadas cores, as chamadas cores da estação. Segundo que a modelagem das roupas segue um padrão definido por cada marca e modificado de acordo com a moda vigente.

Só existe um pequeno problema: você não muda de estação em estação, muda? Seu corpo não é completamente diferente porque entramos na “Primavera/Verão”, é?

Esta é, primariamente, a razão pela qual homens bem vestidos, historicamente tendem a não se preocupar tanto com o quê está na moda (lembrando que Moda ≠ Indumentária ≠ Estilo). Mas como eles se vestem então? Eles aprenderam que, pra se vestir bem, o primeiro passo é conhecer a si mesmo.

Acho que a maioria de nós já sabe disso instintivamente. Mas a parte complicada é: como eu me entendo? Como estruturo este autoconhecer? Excluindo estilo de vida e gosto por um momento, quando falamos de visual, o paradigma mais prático é dividir sua imagem em dois pilares: proporções e cores.

Qual é o formato do seu corpo (e rosto), sua altura e largura, proporção de ombros, cintura e quadril, entre outros detalhes, vai definir a modelagem que te favorece. Uma gravata skinny ou lapelas finas ficarão desproporcionais em alguém muito largo, por exemplo. Já uma jaqueta de 3 botões num cara bem alto é uma ideia legal.

E a cor da sua pele, do seu cabelo e/ou barba, e dos seus olhos, vai definir quais cores harmonizam com você. Um sujeito pálido e de cabelos brancos não vai ganhar nada usando cores intensas e contrastantes — elas vão chamar mais atenção que ele. Enquanto isto, um camarada de olhos azuis pode refletir a cor na gravata e acentuar esta característica de forma harmoniosa.

Então pouco interessa se celebridade X, Y ou Z usou esta cor e ficou legal, pouco interessa se lapelas finas estão na moda, você tem que sempre se perguntar: isso funciona pra mim? Entendendo isto, você já tem metade do caminho andado.