Man wearing a suit and riding a bike, late and desperate

O preço da pressa

Outro dia um amigo veio me pedir ajuda:

“Cara, socorro… Preciso de uma roupa pra um casamento no domingo, e só tenho sábado pra ver isso.”.

Isso era uma quarta-feira, que já era um prazo curtíssimo. Expliquei pra ele que do sábado pro domingo não ia dar tempo de ajustarem a roupa, e que ele tinha que ver isso no máximo até o dia seguinte. Perguntei o orçamento e ele disse que não queria gastar tanto dinheiro. “Bom, rápido, barato: escolha dois”, eu falei pra ele. Ajudei como podia, aconselhei como comprar um costume decente e indiquei algumas lojas.

Mas uma reunião de trabalho surgiu de última hora, e no fim das contas a esposa foi no shopping pra ver o quê conseguia pra ele. Ele teve que se contentar com algo que sabia que não estava bom e que ele mesmo confessou que só ia usar uma vez.

Agora, se tivesse mais tempo, dava pra achar por um valor bem em conta algo bom, Daria pra caçar em alguns brechós e encontrar algo muito bom por um preço razoável. Poderia mandar fazer sob medida também, ou ao menos ajustar o quê fosse comprado. Mas por conta da urgência, ele teve que comprar um costume barato que só vai usar nessa ocasião e que depois nunca mais vai querer vestir. O barato saiu caro, tanto em dinheiro quanto em imagem e conforto.

É importante estar preparado. Isso não significa ter uma roupa pra ocasiões irreais (“esse traje de mergulho é só pra se um dia me convidarem pra ver o Grande Buraco Azul de Belize — nunca se sabe, né?”), mas algumas coisas são essenciais, e um costume é uma destas.

Todo homem deve ter um costume, então não deixe isso pra depois. Se não ou vai ter que comprar na pressa, e aí vai te custar caro, de uma maneira ou de outra.