Pegando rabeira no assunto da semana passada, sobre ser diferente…
Eu estava lendo um pouco sobre Pablo Picasso recentemente, e me deparei com essa foto dele vestindo uma gravata borboleta. Ele muitas vezes preferia usar estas, ou um ascot, ao invés de gravatas convencionais, o quê o diferenciava de outros homens da época. E se você pesquisar sobre homens conhecidos por usar gravatas borboletas, vai ter uma lista de sujeitos como ele, famosos por inovações e por nadar contra a maré, camaradas bem individualistas, que não se importavam nem um pouco de ser diferentes do resto. Verdadeiros renegados do estilo.
E faz sentido: essa gravata, fora de eventos black tie ou white tie (semi-formal e formal, respectivamente), é vista como uma escolha inusitada. Não errada — importante dizer — mas pouco comum, extravagante e corajosa até. Era a forma destes homens demonstrarem que sim, eles entendiam as regras do jogo, mas também sabiam se destacar dentro destas.
E assim como um pavão na natureza, o homem que se destaca dessa forma está correndo riscos. Mas sem riscos, sem ganho.