Author: vinicius.b.gennari

  • O valor de acessórios

    O valor de acessórios

    Lembro de um negócio engraçado que escutei certa vez. Era uma palestra do autor de livros Brian Tracy (que você talvez conheça do Engula esse Sapo!), e numa parte ele falava sobre a técnica dele de viajar levando quase nada de roupas na mala. Ele contava como viajava o mundo só com um costume azul marinho, duas camisas e algumas gravatas. Era só trocar as camisas e as gravatas que as pessoas não percebiam que ele estava usando o mesmo costume dia sim e dia não.

    Isso talvez seja um exagero (sou da opinião que é bom deixar suas roupas arejarem um ou dois dias antes de usá-las de novo), mas ilustra um truque simples que mais homens deveriam perceber: para tornar seu pequeno guarda-roupa mais versátil, é só investir em alguns acessórios.

    Isso é (mais) uma das razões para lamentar o quão pouco homens usam gravatas hoje em dia, pois é um dos nossos acessórios principais, mas isso pode incluir também cachecóis, chapéus, bandanas, lenços de bolso, e num nível menor de impacto, temos também pulseiras, relógios, meias, cintos (ou suspensórios), etc.

    Porque é bem mais barato, fácil de guardar e geralmente combinar, um simples acessório que uma nova jaqueta ou calça. Você pode ter um guarda-roupa minúsculo (como um tempo em que eu só tinha 3 calças, 2 jaquetas e 5 camisas), mas sempre parecer que está com roupas diferentes, combinando as peças entre si e usando diferentes acessórios (…eu tenho várias gravatas).

  • Tenha um “visual”

    Tenha um “visual”

    Estava recentemente consultando um sujeito que trabalha como produtor musical e DJ. Só de eu falar isso você provavelmente conjurou uma imagem na sua cabeça, de algum cara que se veste de forma mais extravagante provavelmente.

    Bem, não era esse cara.

    O camarada em questão se vestia ou de jeans e camiseta básica, ou de shorts e camiseta básica. Em outras palavras: igual a todo mundo.

    Como já disse antes, se você não se destaca (ao menos um pouco), não vai ter muito (ou qualquer) valor. Isso vale em dobro pra alguém que trabalha em alguma área considerada criativa. É esperado que você ouse um pouco mais, e se não fizer isso, provavelmente seus clientes e colegas não vão confiar em você.

    O quê me leva ao ponto de hoje: é importante você ter um “visual”. Um estilo, um look, etc. Podemos passar muito tempo discutindo sobre qual visual é melhor e mais vantajoso (é uma discussão bem divertida), mas no fim do dia, o essencial é que você tenha uma imagem reconhecível como sua.

    Isso não significa investir rios de dinheiro em roupas. Às vezes é algo simples, como dar preferência a algumas cores, padronagens, ou usar certos acessórios ou peças. Mas faça um favor pra si: tenha um visual, e torne ele seu.

  • Armadura

    Armadura

    Terminei de ler recentemente o ótimo livro The Narrow Road, do Felix Dennis¹, e vou compartilhar aqui algumas coisas do capítulo onde ele fala sobre dress codes.

    Entre outras coisas, ele aconselha quem estiver começando no mundo dos negócios a se vestir de maneira mais conservadora, com trajes de negócios e com acessórios tradicionais”. Afinal de contas, “é você pedindo aos outros para investir em você, seja trabalhando para você, seja sendo seus fornecedores, seja confiando de qualquer forma”. Segundo ele, “se vestindo de maneira que alguns podem considerar à moda antiga, você demonstra respeito sem exibir deferência indevida”.

    Eu concordo plenamente com os conselhos: você está o tempo todo se vendendo aos outros, e quando é um produto novo e desconhecido, é importante diminuir ao máximo possível o medo das outras pessoas de se arrepender da compra.

    Mas o quê achei mais legal foi o quê ele disse depois:

    “É uma questão de escolha pessoal, mas eu achei o hábito útil de outra maneira. Quando eu visto meu costume, camisa branca, gravata e sapatos pretos, eu estou subconscientemente vestindo armadura. Eu estou saindo para batalhar. Ninguém vai me dar mais dinheiro — eu vou ter que ganhar. Me vestindo desta forma eu lembro a mim mesmo que estou me vestindo pra guerra, não saindo prum passeio no parque.”

    Ele não foi o primeiro a dizer que o costume de alfaiataria é a armadura do homem moderno (nem o primeiro a enaltecê-lo). Mas poucas vezes vi dito tão bem.

    É uma guerra lá fora, você não deve sair despreparado, certo?

    ¹ se não conhece esse camarada, sugiro que leia sobre a vida dele, é bem interessante.

  • Custo de oportunidade

    Custo de oportunidade

    Um obstáculo comum para homens melhorarem a própria imagem é o seguinte:

    “Vai custar dinheiro!”

    Bem, isso é verdade. Mas também é um fato inevitável da vida: não existe almoço de graça.

    Porém, o quanto vai custar é muitas vezes exagerado além da conta. Como já comentei aqui antes, dá pra economizar na sua jornada até uma imagem melhor de várias maneiras: seja comprando usado e caçando em brechós, seja com uma mudança gradual e pequenos passos, seja tirando proveito do quê está na moda ou na promoção, ou até focando em investir nas pequenas coisas que tem maior impacto.

    E outra coisa importante de lembrar é o conceito de custo de oportunidade.

    Custo de oportunidade é o preço escondido de você não fazer algo. São as coisas das quais abrimos mão — muitas vezes sem perceber — ao escolher uma opção e “desescolher” outra. Alguns exemplos:

    • Decidir começar a trabalhar direto saindo do ensino médio ao invés de fazer um curso profissionalizante: você começa a carreira mais cedo, mas há uma boa probabilidade de que seu teto salarial será bem mais baixo pelo resto da carreira.
    • Alugar uma casa ao invés de financiar: o valor do aluguel, depois de um tempo, pode igualar o quê você teria gasto comprando a casa, com a diferença que no fim você não tem nada no seu nome.
    • Passar seu tempo assistindo TV ou fuçando na internet ao invés de se exercitar: é mais conveniente e confortável, mas sua saúde vai piorar a longo prazo.

    E isso se aplica à sua imagem também. Você pode economizar seu dinheiro não investindo nela, mas isso vai ter vários custos ocultos:

    • Chances perdidas de negócios e avanço profissional por conta de uma impressão ruim causada em seus superiores e/ou clientes.
    • Tempo de vida e aborrecimento quando for comprar algo ou contratar um serviço, porque as pessoas não te vêem como um cliente potencial.
    • Bem estar e felicidade no geral por ter uma imagem ruim nos seus círculos sociais e ninguém te respeitar.
    • Novos relacionamentos perdidos, por conta de você não estar apresentável quando a oportunidade surgiu.

    Se pergunte: o quê não investir na sua imagem está te custando? O pouco de dinheiro economizado hoje vale pagar esse preço pelo resto da sua vida?

  • O casamento é seu, mas…

    O casamento é seu, mas…

    Tem muitas ocasiões onde dá pra ser criativo. Você vai numa festa na casa de um amigo, vai dar uma volta pelo centro da cidade, vai numa balada ou bar, até no seu trabalho dependendo do quê faz. Mas se tem uma ocasião onde é uma péssima ideia inventar, é no seu casamento.

    Um exemplo disso é um sujeito que estava consultando outro dia. A ideia que ele teve com a noiva foi de usar roxo e laranja no casamento. Então ele ia casar com um casaco laranja queimado e calças pretas.

    Oh boy…

    O problema com essas ideias de “casamentos criativos”, é que são obviamente ridículas pra todo mundo, exceto quem está casando. Mas pior: ficam obviamente ridículas também pra quem casou daqui uns 3~5 anos, quando decidem olhar de novo as fotos e filmes do casamento. Depois passam o resto da vida de casados com vergonha do quê fizeram.

    Isso se aplica também a fazer os padrinhos e madrinhas todos combinarem, seja na cor ou vestindo algo específico (como a infame ideia de fazer todo mundo usar tênis Converse).

    No fim do dia, é o seu casamento, você faz o quê quiser. Mas lembre que vai muitas fotos do evento depois…